
Dois meses após ser removido do pastorado por confissão pública de abusos, o nome de Paulo Carlos da Silva Júnior, conhecido como pastor Paulo Júnior, ainda consta como presidente jurídico da Igreja Aliança do Calvário, conforme consulta feita no dia 17 de maio no site da Receita Federal.
A informação surpreendeu membros e lideranças do meio reformado, que desde março acompanhavam os desdobramentos da queda de um dos nomes mais influentes do movimento evangélico conservador no Brasil.
A queda de Paulo Júnior
O afastamento do pastor foi formalizado em março deste ano, após ele mesmo publicar um vídeo admitindo comportamentos abusivos em seu ministério. Na gravação, ele se descreveu como um líder “agressivo, manipulador e ofensivo”, tanto dentro da igreja quanto em seu convívio familiar.
“Eu vinha conduzindo a igreja de forma equivocada, ferindo, magoando e ofendendo pessoas”, declarou na ocasião.
A nota oficial divulgada pela própria Igreja Aliança do Calvário confirmou os relatos e reforçou que o comportamento de Paulo Júnior já era motivo de preocupação interna há anos.
Relatos de discípulos e agravamento da crise
As confissões públicas de Paulo Júnior motivaram também manifestações de seus ex-discípulos, que criticaram a maneira como o líder conduziu processos de disciplina e arrependimento dentro da igreja. Um dos vídeos mais repercutidos mostra um ex-líder relatando constrangimentos sofridos em reuniões públicas de confissão de pecados, conduzidas pelo próprio Paulo.
Além das acusações de abuso emocional, surgiram relatos não confirmados de condutas inadequadas durante atendimentos pastorais, o que aumentou a pressão pelo afastamento total.
O Fuxico Gospel/Liberdade FM - Foto - Divulgação