
Descendente de indianos, Rishi Sunak será o novo primeiro-ministro britânico após se tornar líder do partido conservador na segunda-feira (24) e suceder Liz Truss, que renunciou após fracasso de seu plano econômico, menos de dois meses no cargo.
Assim como sua antecessora, Sunak é considerado um forte defensor de Israel e um amigo da comunidade judaica do Reino Unido. Em um evento dos Amigos Conservadores de Israel em agosto, ele declarou que Jerusalém é “indiscutivelmente a capital histórica” de Israel.
Sunak disse ainda que havia um “caso muito forte” para mudar a embaixada do Reino Unido de sua localização atual em Tel Aviv.
"É algo que eu gostaria de fazer", disse Sunak, que também reconheceu “sensibilidades” sobre o assunto.
“Se fosse tão fácil, já estaria feito”, declarou.
A ex-premiê Liz Truss chegou a dizer ao primeiro-ministro Yair Lapid no mês passado que estava analisando a possível realocação da embaixada britânica para Jerusalém, mas acabou não agindo sobre o assunto durante seu curto mandato.
‘Farol de esperança’
Em entrevista ao Jewish Chronicle, Sunak saudou Israel como um “farol brilhante de esperança” e ao escrever para o UK Jewish News, parceiro do The Times of Israel, declarou sua oposição ao movimento de boicote.
“Continuarei apoiando o projeto de lei de boicote, desinvestimento e sanções, que impedirá que órgãos públicos se envolvam em boicotes que prejudiquem a coesão da comunidade”, escreveu ele em julho.
“A comunidade judaica está certa em chamar aqueles que procuram prejudicar o único estado judeu do mundo”, acrescentou.
Antissemitismo
Uma das preocupações de Sunak é sobre o aumento de incidentes antissemitas no primeiro semestre de 2021.
“Esta não é uma questão a ser equívoca: todos no parlamento e no país devem assumir uma posição robusta na eliminação do antissemitismo e estou determinado a garantir que esse flagelo em nossa sociedade seja erradicado”, disse o novo premiê.
Guiame/Liberdade FM - Foto - Divulgação